EDUCAÇÃO EM SAÚDE E PREVENÇÃO DE INFECÇÕES EM ACADEMIAS: REFLEXÕES A PARTIR DE UM PROJETO INTEGRADOR NO CURSO DE MEDICINA
INFECTION PREVENTION IN FITNESS CENTERS: REFLECTIONS FROM A MEDICAL SCHOOL INTEGRATIVE PROJECT
Palavras-chave:
Assepsia, Educação em saúde, Extensão Universitária, Metodologias Ativas, BiossegurançaResumo
INTRODUÇÃO: Academias e boxes de CrossFit configuram-se como ambientes vulneráveis à disseminação de microrganismos patogênicos, em razão da alta circulação de usuários e do compartilhamento de equipamentos. A ausência de práticas eficazes de assepsia e antissepsia compromete a saúde coletiva, tornando essencial a adoção de estratégias educativas para promoção da biossegurança. OBJETIVO: Revisar a literatura científica sobre os riscos de contaminação em ambientes de treinamento coletivo e discutir a importância de projetos integradores na formação médica, com base em vivência extensionista e interdisciplinar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa, fundamentada em um projeto integrador de caráter extensionista realizado no curso de Medicina do Centro Universitário Estácio de Ji-Paraná, vinculado às disciplinas de Biossegurança, Microbiologia e Imunologia. A estrutura metodológica adotada foi baseada no Arco de Maguerez, com ênfase na problematização e transformação da realidade. A busca bibliográfica foi realizada em bases como PubMed, SciELO e ScienceDirect, priorizando publicações dos últimos 10 anos. RESULTADOS: Os estudos revelam que, embora agentes como o álcool 70% apresentem eficácia microbiológica comprovada, a adesão dos usuários a práticas de higienização ainda é insuficiente. Barreiras como desconhecimento, infraestrutura inadequada e ausência de campanhas educativas são recorrentes. CONCLUSÃO: A vivência extensionista com base em metodologias ativas potencializa o aprendizado crítico e aplicado. Projetos integradores possibilitam a articulação entre teoria e prática, promovendo ações educativas efetivas em saúde coletiva.
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