DESIGUALDADES RACIAIS NA SAÚDE: ASPECTO EPIDEMIOLÓGICO DE MORTALIDADE ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2023 NO ESTADO DE RONDÔNIA, BRASIL
RACIAL INEQUALITIES IN HEALTH: EPIDEMIOLOGICAL ASPECTS OF MORTALITY FROM 2015 TO 2023 IN THE STATE OF RONDÔNIA, BRAZIL
Palavras-chave:
Desigualdade Social; Saúde Pública; Racismo Estrutural.Resumo
INTRODUÇÃO: As desigualdades raciais na saúde refletem disparidades no acesso e qualidade dos serviços de saúde, impactando os índices de morbimortalidade entre diferentes grupos étnico-raciais. No estado de Rondônia, entre 2015 e 2023, essas diferenças se acentuaram, com a população negra e parda apresentando taxas elevadas de mortalidade, especialmente por causas evitáveis, doenças crônicas e violência urbana. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, transversal, retrospectivo e quantitativo, baseado em dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e da plataforma TABNET do DATASUS. Foram analisados óbitos por cor/raça na faixa etária de 10 a 79 anos, incluindo as categorias branca, parda, negra, indígena e amarela. As informações foram organizadas e avaliadas por estatísticas descritivas, permitindo identificar disparidades nos índices de mortalidade. RESULTADOS: A análise demonstrou que a população parda representou a maior parcela de óbitos (46.204), seguida pelos brancos (30.506) e negros (6.024). Entre as principais causas de morte estão doenças do aparelho circulatório, causas externas de morbidade e neoplasias. Os dados evidenciam maior vulnerabilidade de negros e pardos, refletindo desigualdades no acesso aos serviços de saúde e precariedade socioeconômica. CONCLUSÃO: As disparidades raciais na mortalidade em Rondônia evidenciam a necessidade de políticas públicas inclusivas e equitativas, visando a redução dessas desigualdades. Estratégias de promoção à saúde e acesso qualificado aos serviços são essenciais para minimizar os impactos do racismo estrutural e melhorar os indicadores de saúde para as populações negras e pardas.